domingo, 5 de setembro de 2010
UMA CONVERSA PARA ENCHER O TEMPO
Esta foto aí não tem nada a ver com o meu enchimento de tempo. Como encher o tempo? Talvez seria mais fácil que o tempo tivesse uma capa, uma tripa seca, para servir de sustentação para se enchê-la durante o dia. Como se fosse soprar um cano com as palavras soltas durante o dia. Jogar conversa fora.
No entanto, foi assim hoje a noite, que saimos para o Jaru para o comício. Uma noite fechada, aqui e ali se via o céu ser cortado por uma espada de fogo, um raio vermelho na noite despedaçando estrelas. Nós fomos, o meu kit viagem de sempre - Daniele, Danelli, Ronaldo e Camilla. Vinham tufos de chuvas de mangas. Daí a pouco estrada sequinha, nem sinal de chuva e tudo parecia que daria o certo, o bendito comício do Jaru.
Depois da Polícia Federal já riscando o pé na cidade, as luzes raiando sobre os montes que cercam a cidade, a chuva torrencial bateu firme. Eu pensei - não haverá comício. Deu sinal, peguei o telefone e liguei par ao Jonassi. Ele falou de ventania e chuva, ninguém no terreiro, dei meia volta para casa. Foram duas horas nesta brincadeira. No fim, balanço positivo - muita conversa jogada fora.
Conclusão - sem a teoria da organização, a preparação massiva do homem rural e urbano não haverá progresso sustentável. Prevalece o individualismo e o sentimento verdadeiro de progresso não virá tão cedo. O homem pode ter riqueza, mas, do que vale a sua riqueza simplesmente individualizada? Importante porque gera emprego e impostos. No entanto, Rondônia pode se transformar numa cidade européia, porque temos pouca gente e muita terra. Dá para se pensar o futuro. Dá para se formar uma base de futuro incrivelmente segura, desde que o seu alicerce seja a educação e a teoria da organização para que os segmentos mais pobres possam aumentar suas rendas e mover a máquina da economia e do consumo.
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