O presidencialismo brasileiro é interessante. Na sua forma pura, com o voto popular consagra a autoridade do eleito, que pode diante da fidúcia recebida, montar a sua equipe de absoluta confiança, sem o duro rateio de cargos entre os partidos.
Mas, aqui no Brasil consagrou esta formulação que passa a figurar no mundo inteiro como alguma coisa extraorinária e que serve de referência como um modelo presidencialista mais ou menos caboclo, onde traveste com o parlamentarismo um meio termo ainda a ser objeto de estudo pelos cientistas políticos.
No entanto, pelos usos e costumes ele segue altaneiro em frente. Dando a maior dor de cabeça o duro exercício das acomodações que quase sempre deixa mais gente insatisfeita do que feliz. O que passa na cabeça de um indicado a qualquer cargo, sem conhecer o titular do governo e às vezes não compartilha com as propostas feitas durante a campanha ao povo?
Esta desindicação é um contrapeso forte que não deixa fluir naturalmente os compromissos. Por isso, muitas vezes o governo não consegue cumprir determinadas promessas porque forças estranhas não colaboram, é como sempre digo, o governante emite uma força intensa pra frente, no entanto, tem outras forcinhas contrárias, que somadas terminam por serem maiores que a força do desejo.
Meu pai dizia - você deve ceder até o limite que não prejudique a sua meta.
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