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Sou mestiço nordestino sem raça conhecida. Tenho em mim todas as raças vivas do povo brasileiro. Como diz os fazendeiros "sou um tucura", de mistura em mistura, sou este aqui. Antes fui moreno, ou negro disfarçado, ou branco enrustido, mas, agora, depois de pegar tanto sol em carreatas e caminhadas confesso que sou negro mesmo. A minha pele cozinhou diante da inclemência dos raios solares.
Por descarrego de consciência me lambuzo de filtro solar, mas, sei lá quanto tempo demora a ação do produto? Com ele ou sem a cor mudou, mas, parece-me que por dentro dos meus miolos permanecem os mesmos pensamentos, ainda bem.
2 comentários:
Há um ser muito inteligente entre os animais: O CAMALEÃO, ele muda de cor sempre que lhe convém.
ÉS UM BELÍSSIMO CAMALEÃO!
Mudar de cor não me parece um grande problema, candidato, ainda mais se tratanto de cor tão bela e tão brasileira, a negra. A priori, mudar de pensamentos também não, já que somos eternos aprendizes e, querendo ou não, metamorfoses ambulantes, e é bom que seja assim! Me recordo como hoje de uma aula de filosofia do direito, no início da faculdade em que o professor dizia assim: "Só ha mudança onde há crise!" Somos seres pensantes, racionais, e que seja bem-vinda a mudança, mesmo o mudar de pensamentos, o ceder, o voltar atrás (se necessário) o querer do outro o máximo de esforço dele pra explanar o que defende, pra quem sabe, nos abrir um novo olhar sobre as coisas. É assim que vou para o segundo turno, aberta a essas mudanças, contando com a boa-fé de quem nos apresenta as mesmas! Yanara Vasconcelos
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