Olhe gente, verdade. Verdade mesmo. Saúde pública ou privada, mais assitência técnica rural, são duas atividades íntimas entre pessoas. Tanto o trabalhador na saúde como o extensionista rural, por natureza de ofício, estabelecem vinculações próximas, até mesmo familiares, entre si. Facilmente estabelelcem amizades ou rejeições defintivas. É fácil a ligação entre os interesses. É fácil se atar as vidas umas as outras. É fácil e possível o pacto de confiança. E tudo termina ficando muito agradável. Muito dependente. Até mesmo imensa e impagável gratidão. Aí está o acordo feito. Criado. Para sempre. O que não se pode neglicenciar e nem abusar. Como profissional de saúde é ainda maior. Na assistência técnica a presença do profissional é recebida com intimidade. Vai até a panela e tira a tampa. Mete a concha e serve o prato. No entanto, tenho visto isto tudo com imensa tristeza. O uso político desta confiança histórica. Criada unicamente pelo ofício. Não se pode transformar hospitais e unidades de saúde em comitês eleitorais. Nem se permitir trocas de objetivos. Porque se o fizer tudo fica muito alterado na relação. E está aí, bem perto, o fim da confiança de anos a fio de trabalho. Como disse um bandido do passado, o Lúcio Flávio Vilar Lírio, bandido é bandido, polícia é polícia. Cada macaco no seu galho.
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