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domingo, 24 de janeiro de 2010

ROSEMEIRE - QUEM DIRIA?


Lá pelas muitas andanças, de vida peregrina, de Deputado Federal tupiniquim, dez anos atrás achei uma menina escanteiada numa sala de aula. Era a Rosemeire. Tinha dez anos de idade. Primeira série.  Sempre vivia fora dos grupos de colegas pela deformidade labial extravagante. Nasceu assim. Com lábio leporino ou fenda palatina. Arrumei jeito e mandei-a com o pai para Bauru. Não a vi mais. Ontem, dia 23 dei com ela no Travessão 8, Theobroma, debaixo de chuva duradoura. Agora totalmente outra. Vinte anos, faz o segundo grau e com o rosto arrumado graças a quatro cirurgias plásticas reparadoras. E o pai Jorge também emocionado me abraçou. Estes reencontros  testam a minha própria resistência. E me bate tão forte no coração. E tenho que me segurar para não ir às lágrimas profusas. Porque a vida é feita destes momentos. Ao fim se pode concluir que a vida é cada momento. E este aqui e agora é tão importante quanto o primeiro que tive com Rosimeire. Quando era menina. Agora mulher feita.  Ainda mora no mesmo lugar. Todo dia pega a foice e ajuda o pai a limpar os pastos. Puxa água  do igarapé. Mexe pela cozinha. E lava roupa da casa inteira. Não tem mais vergonha de si mesma. E nem se esconde dos colegas. Está pensando em fazer faculdade. Só acha difícil.  Como difícil Rosemeire, se você já matou vários ursos no seu caminho? A faculdade será mais um obstáculo que será vencido. O meu fervoroso abraço minha querida amiga.

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida é cada momento. Às vezes marcada por cicatrizes profundas. PALAVRAS SÃO FACAS DE DOIS GUMES. CURA OU MATA.