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domingo, 27 de dezembro de 2009

Rio Jamari, nosso orgulho




Tem alguma coisa de mágico entre o rio e a cidade. Não sei se a largueza, a fluidez, o encanto com as águas. O mistério do pescador e o peixe. Tudo talvez produza uma estreita relação de amor do homem com o seu rio próximo. Mais profundamente pode-se entender isto tudo na psicologia humana, como o amor materno. O animal no útero nadando no líquido amniótico. O homem e o meio líquido, o calor, a nutrição, a relação de dependência, o afeto, o amor, a própria vida. O rio é assim. Ele tem a cara do seu povo. Ele tem o lirismo do poeta. Ele tem o abismo das nossas ilusões. Tem o romantismo do amor jovem e velho. Vamos para o rio nos acalmar! Vamos para o rio nos acamar na areia limpa e clara.
Aqui é o Rio Jamari o nosso orgulho. E os demais afluentes tanto quanto importantes, o Canaã, Tabapuã, Candeias, Massangana, Rio Branco, São João, e por aí vai. Uma bacia hidroviária invejável.
O Nilo banha o Egito que revive a história da sua civilização. O Tigre e Eufrates testemunham o sofrimento do povo babilônico, hoje, Iraque e Irã. O Sena a cidade de Paris. O Tâmisa a cidade de Londres. O Amazonas a cidade de Manaus e Belém. O Potomac à cidade de Washington. O Rio Mekong no Laos, Cambodja, Vietnâ e Tailândia.
Nem preciso falar mais sobre a importância do Rio Jamari para as nossas próprias lembranças, para o nossso próprio orgulho, a nossa soberba. Porque o Jamari tem a cara de Ariquemes, como o Tietê tem a cara de São Paulo. A feia cara da poluição e do desmando do seu próprio povo. O Tietê não merece rima e nem romantismo, principalmente no seu trecho paulistano.
Nenhum rio brasileiro é mais amado que o Rio São Francisco, banha o Nordeste, na sua bacia que de tudo plantando dá, parreirais, manga, melão, melancia. As carrancas do São Francisco, a baião de Luiz Gonzago, a literatura de cordel, Juazeiro e Petrolina. De tão generoso o São Francisco vai se transpor em vários canais para molhar a vida e a terra do semiárido brasileiro".


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