Hoje em dia, parece que Rondônia virou só usinas. A de Santo Antônio e Jirau. Como se Rondônia não fosse Rondônia, que sempre viveu muito bem do jeito que a gente ia. É como se um meteoro caísse do universo por aqui. E todo mundo ficou meio besta, de repente. Dois ou tres anos atrás é que comecei a ouvir falar delas. As benditas usinas. Tudo bem. Bem-vindas. No entanto, nada contra elas, como disse bem-vindas, mas Rondônia deve tirar os olhos deste Estrela D'Alva, que brilha absoluta no céu. Tem muito mais coisas por aqui. A gente deve baixar a guarda de só falar em bilhões. Nós temos que falar em mil, dois mil, três mil reais. Quem tem, no Estado, como temos cerca de cem mil propriedades rurais e maioria delas familiares tem muito mais que usinas. Um potencial infinito de produção de comida, de um fruticultura tipicamente amazônica, gosto tropical, pisicultura a se perder de vistas, além de uma pecuária, se bem conduzida pode dar show de bola no Brasil inteiro. E o turismo que está ainda, infelizmente ou felizmente, ainda por ser introduzido e desenvolvido. As usinas ficarão prontas em poucos anos. Não podemos ficar com este foco exclusivo. Temos muito mais para pensar. E pensar longe. E criar cenários de desenvolvimento com o pé no chão. Rondônia é o mais mestiço dos Estados brasileiros, aqui tem a cara do nosso povo, um pouquinho de tudo, portanto esta é sua maior riqueza.
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