sábado, 7 de novembro de 2009
CASA DE MORAR
Parece redundante falar-se "casa de morar". Melhor moradia. Porque toda casa é de morar. Ou pelo menos de se trabalhar. Como é bom ter o seu cantinho. Sair do trabalho correendo para chegar em casa. Parece até que será para chegar ao céu. A casa como um céu. O local da intimidade, onde se circula a vontade, sabe-se onde está o sal e o açúcar. Mesmo noite, sem luz, acha-se o toco de vela. A cueca, a calcinha. Tudo ali ao encontro da mão. A casa onde o filho cresce, o casal envelhece sem perceber, a árvore do quintal engrossa caule e sombreia. Frutifica e com orgulho se come a goiba que se plantou. Tudo é muito e não se esquece. É ali nela e no seu entorno que o mundo se cria. Que se finca a memória e a lembrança que a vida existiu. Ninguém esquece a casa onde nela se cresceu. Por isto ela é orgulho: a minha casa. Me leve pra casa. Mesmo o doente suplica noite e dia, quero a alta e me leve pra casa. Ali tudo se acomoda, o cheiro, o gosto, o garfo, o barulho da descarga, o frigir da penela. A casa. Quem não a tem precisa ter.
Confúcio
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Um comentário:
Suas palavras é pura magia e esperança. quando se tem um cantinho para morar tudo se multiplica. o amor, a saude, o alimento. e tudo fica mais facil.
O QUE O MUNDO PRECISA É DE AMOR E MAIS VALENTES POLÍTICOS COMO O SENHOR!
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